Pé diabético não costuma ser tratado com urgência; problema causa 45 mil amputações a cada ano.
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Cardiovascular (SBACV) lançou o primeiro manual de tratamento do pé diabético, complicação grave do diabete, responsável por cerca de 45 mil amputações de pernas e coxas por ano. A intenção da entidade é treinar clínicos e médicos de saúde da família para que identifiquem os sinais da doença e, assim, tentar reduzir à metade os casos de amputação.
O manual, voltado para profissionais de saúde que não sejam especialistas em diabete, tem fotografias para ilustrar os principais tipos de feridas.
“O diabete mal controlado causa ao longo do tempo alterações no sistema nervoso, na pele, nas unhas, no sistema vascular, fazendo com que o paciente tenha pé ressecado, redução da sensibilidade, malformação das unhas. E esse ressecamento leva às rachaduras e lesões maiores”, explica o coordenador de programas sociais da SBACV e responsável pelo projeto, Jackson Caiafa. “O manual explica por que surgem as lesões e dá exemplos bem claros, com muitas fotografias”, completa.
De acordo com o especialista, o principal problema é que o tratamento do pé diabético não é feito precocemente. Isso ocorre porque, muitas vezes, o paciente ainda não sabe que tem a doença ou se recusa a aceitar o diagnóstico, já que os sintomas iniciais não provocam um grande incômodo. Sem tratamento adequado, a ferida evolui, levando à amputação.
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